sexta-feira, 17 de junho de 2016

estrada que liga o rio a região dos lagos, os lados, os atos. minha placa mãe pendurada no pescoço, me faço estudante, boa garota, dentes escovados e cabelo penteado...
- uma carona?
vai e vem dos carros, reparo teus recados... ainda ontem lembrei de nossas ultimas conversas, tua ultima oração em voz alta e trêmula. acalmada, nao te deixei atoa. precisava me encontrar e so sei fazer isso no afastar do corpo, ao refazer no outro, no que sentir pouco...
- pra onde cê ta indo?
- aonde você vai...
a mercê dessa estrada, bateria quase esgotada e pensando em que? semana que vem ja nem lembro, volto pra continuar esse lance de amar, desamar, desatada, meu ponto de oxossi cantarolado, miro esses carros que voam pra la... quero saber de nada, quero so chegar... e antes da madrugada, cê sabe; as 3 da manha será tudo igual. aqui e ai, o chão gelado, a parede do quarto...
volto depois do inverno, pra renascer com o sol menino, me cuido.


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