sábado, 29 de abril de 2017

mulher, fiz ano
sabe aquela coisa de que as costas começam a pesar? parece que tenho pouca idade, mas tenho muita, tantas idades que nem sei se consigo contar - as combinações numéricas possíveis que me dou conta, não dão conta.
lembrei do nosso dia no mato, lembrei que a gente não esquece um monte de coisa, principalmente eu com esse coração de água cheio de impressões invisíveis a olho nu.
talvez eu precise de algumas impressões, talvez não precise de outras, porque é isso, a existência é uma grande inutilidade e tu sabe que chegar a essa conclusão não me dói, não.
to adulta e cheia de medos, assumidos medos, que estar de pé sobre as duas pernas não me fazem esquecer.
a gente tá pagando muita penitência, né? isso daqui só pode ser um castigo, mas um castigo muito debochado e divertido! rir continua sendo a graça e é só isso que consegue me distrair da doença que é estar viva.

ah, eu nunca fui otimista nem realista mesmo, tu sabe. sou louca!

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