sábado, 21 de dezembro de 2019



janelas sem portas pro vento entrar sem cerimônia. nesta casa quando sou fictícia ou alegórica me ponho na observação desses dias. namoradeira das cores do céu, vejo tudo, o olhar sente.
da água não sinto distância, a baía de guanabara é muito útil nos dias mais quentes e olha só...
o verão chegou mulher...

hoje o sol fica muito pertinho da gente. do trópico de capricórnio que chega com o mesmo no céu astral.
esses dias identifiquei órion e as três marias. é o atalho pra conhecer a constelação do homem velho, aquela que anuncia o verão na segunda quinzena de dezembro.

dezembro tá é diluindo.
conforme sinto dessa janela, namoro o tempo de virada, atravessamento... desejo as próximas cores desses dias.

te confesso que adoro namorar o tempo e olha que nem estou tão senhora ainda...

essa foto é de março.
era final do último verão...
equinócio nosso de cada dia nos dai hoje... também amo o outono... foi quando vim. quando vinhemos né... era outono.

mas também amo o verão e agora penso em refrescar.
planejo desaguar feito dezembro... ainda fictícia, sereia alga do atlântico que há muito não come carne...
 retomar o pastos, retornar o mar.
o gosto salgado me deixa empática ao canibal ritual.
não mastigaria. talvez eu cheirasse, lambesse e depois queimasse...
ainda prefiro outros costumes dos ancestrais...
observar o céu entre eles... melhor ainda quando as janelas não tem portas.


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