sexta-feira, 26 de junho de 2020

são 5:15

escrevo do sudeste do brasil, américa latina, onde já morreram-se muitos mas onde se vivem muitos más.
venta agudo lá fora,
talvez seja um pequeno ciclone,
talvez um sacolejo do tempo,
talvez aviso de chuva,
talvez fim dos tempos 
- pra lá que estamos indo?
a voz de Profana ecoa 
 eu canto em silêncio 
e as costas doem. 
o vento me acordou
mas quem foi que acordou o vento?
a água
foi ela que acordou o vento?
nuvem de poeira
nuvem de gafanhoto
ciclica é a natureza
assisto de janelas fechadas
não me levanto
mas escuto os sons
sinto tudo balançar
o sangue está prestes
o sangue está prestes
eu estou a favor
.


3 comentários:

  1. Não vi a hora mas senti que era perto das 05h. O vento invadiu a casa, entrou derrubando o mapa. Desperto. Fecho os olhos ele volta, me chama. Ouvi uma tempestade, sai o céu estava vazio e eu via preto e branco. Vendaval. Uma estrela me saudou, andava sozinha no céu. Lembro de ir ao banheiro, me olhar no espelho, uma sombra no escuro. Lembrei de quando minha mãe dizia que o vento é poderoso, "tem que ter respeito". Fechei as portas que batiam, deixei uma fresta aberta. Dormir parecia impossível mas voltei. Sonho ou realidade?

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