sábado, 24 de fevereiro de 2024

anus novo

é amiga, segunda lua cheia desse ano que recomeça pós Carnaval. 

não tirei uma carta para a última primavera. e agora nesse verão, as que tirei preferi não interpretar. talvez retome no outono a necessidade oracular. são muitos anos novos por vir. o seu por exemplo! 

antes que o sol chegue em touro, tô fazendo uma limpa dos arquivos internos. mandando pra cá o que não cabe mais, depósito verborragico. 

trago uma anotação de meses atrás, que resignifiquei apesar do contexto em que foi escrita: no dia que soube da partida de meuja.

 a Artista dorme.

ela está presente, no inconsciente, em que desfruta sonhos cronometrados. 

Em 3, 2, 1

A Artista acorda.

Com a corda amarrada, a cadeira quebrada, o ventilador não funciona.

A Artista no caso chegou aos 30. Não tem fome, porém faminta. Não cuidou da juventude, a grana mal resolvia as vias comuns da vida. 

A Artista corre, editais, inscrições, acessos, mistérios, fofoca, confusões. 

Deitada acreditando na ironia do destino, no falso ritmo que trouxeram de fora pra dentro, pra ela. A Artista sequela.

Materiais lhe faltam, papéis não temos, a assinatura trêmula já não é suficiente na garantia de nada. Nada parece fazer sentido. A Artista corre o risco. Entre uma parede e o vestido, entre um baseado e um comprimido, num ateliê ou numa redoma de vidro, por e-mail, caixa de voz, Antigo tweet y outras formas de comunicar, criticar. A Artista é responsável. Ela acata, ela ataca a Curadoria, ela troca e ela brinca. Mas é nítido que ela precisa. A Artista anda pencas. Ela aprende carona, desvio, pular catraca, molotov, cabeção de nego, manejar o fogo, hablar sobre segredos, medos, conceitos, preceitos que fazem sua história encostar na minha. A Artista migra. Sobretudo porquê necessita, leva na bolsa a saudade que muita gente desconhece e muita gente reconhece, leva a rota para voltar segura com todas as aspas possíveis, nutrida ou não. A Artista atua, finge em algum momento como todo mundo, entrega nitidamente um glitch no escuro e quem as curou não sabe muito bem como lidar entre o mercado y a permanência.

 A Artista já não responde por si. As causas que desconhecemos são frutos do mesmo consenso mantido há muito tempo, desde que a Artista é Artista.

A Artista é sensível. Perceba pelo tom de voz, caso ela hable e vc ouça. Perceba no aroma. As violências muitas vezes diárias ao são suficientes, acrescento o estado, as instituições, os métodos do design imposto ao mundo. A Artista rompe com o mundo. Ao mesmo tempo em que assume que há outro, bem aqui. Acessando por um caminho que ela mesma inventou. A Artista brilha, antes de voltar ao sonho bom e cronometrado, ela brilha entre a dança do sol e da lua, entre os espelhos e drones, entre a serra e o mar.

a artista descansa em paz. 

É isto... 




que horas são do outro lado da terra agora? É o ano do dragão 🐉  na China. não sei. Tem tanta coisa rolando que tô atenta a todas as viradas. 

sabe aquela: mande notícias do mundo de lá? 


quinta-feira, 28 de setembro de 2023

saludos primaveris

pensei em ti
pensei em Gira
e não a toa, eu via registros. 

a quantas andas esse desejo? 
semana tensa... a primavera chegou e o calor deu uma trégua.
vamos sempre falar do tempo
é o assunto do momento

você tirou uma carta para isso, chica?

domingo, 27 de agosto de 2023

Vem de casaco



Tá um frio de  porto alegre





quarta-feira, 26 de julho de 2023

rascunho para uma canção sertaneja

 Pq saudade é um babado tão estranho?

acostumada com o cheiro do cangote, com os gestos e a voz que não para, com o corpo em modalidade paisagem, com os pelinhos da barba...


cheguei em SP há dois dias pra uma jornada de 5 meses. Tranquila, mas com o coração apertadinho. Em algum momento vou chorar, desculpe mas eu vou...


queria escrever pra muita gente mas na cabeça só vem Mapô.

quarta-feira, 26 de abril de 2023

lembrei

jack e dolores são nomes que te soam familiar?

tava conversando com Dan isso de poesia, personas, nomes outros e lembrei dessa tua saída pra dizer algumas coisas sem soar tão você
talvez porque não fosse
talvez porque fosse demais

que fim deu? 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

poeticronograma

6.66h 

É. O relógio aponta um horário fora do tempo. 

7h

dedicada ao botão de flor na esquina preservada. um tipo de escrita que não quer ser interpretada. corre, atravecada no teclado miúdo perante os dedos ágeis, tateando entre códigos do alfabeto latino e a tecla espaço, o tato que traduz a lente da mente, o rastro.

 Mais um rastro.

12h

Há algo em ritmo nesse chão drive que não sei lhe dizer nem mesmo pelas cartas do deck Egípcio. não preocupo. estou careca de saber e tem mistério que nem tô interessada pois a energia tá sendo gasta, potavelmente gasta. Enquanto me jogam pelas calçadas, percebo a secura do chão, na condição de água escassa pego ar e sigo um refrão. 

nessa mangueira não volto não.

16.68h_

ha tradições em que o tempo estanca por frações de segundo y eu as carrego comigo.

Mangueira boa é cheia de manga rosa, aquele cheiro de quintal, de terra, o melado da manga nos dedos e lábios, amarelados no aroma e no tom, equilibradamente adocicados.

as pazes feitas com o tempo de pensar em si, de comer a si, a sua manga, o seu sabor e tempo.

6h, calor danado nessa cidade.

Pois não é que sonhei que a gente se perdia? Significado de sonhos são avaliaveis. Talvez a perdida seja um ente, um, entre nós... que talvez só esteja recomeçando com uma plantação ou uma volta ao bairro. 

a depender da lua a gente perde de vista. 

Agora já não conto as horas. 

É o fim dessa escrita.





quarta-feira, 19 de outubro de 2022

primavera 22

seguindo nosso costume, nossa tradição, deixo aqui a carta para a primavera a partir do Tarot egípcio de Kier!

te confesso que essa tirada me assustou um pouco, mas o fato de estarmos caminhando para seu auge me lembra da força contida nelazinha.

essa carta diz sobre a engenhosidade de nossas estratégias, avaliar determinados campos a partir desse arcano pode ser interessante ao longo da estação afinal ela nos projeta para o iluminado verão, para os fins de ciclo do ano civil...

A cartinha no caso é o ARCANO 71, A Avareza.



Pois esta carta fala das avaliações ao que se produz, das ideias que florescem aos projetos paridos e parados, plantações, escritas, sonhos... Dar conta de tudo pra se situar mesmo sabe?!
E cuidado com a Elza!
Na camada mais complexa dessa carta ela pede cuidado: usura, roubo, invejinha são perigos que rondam o roteiro de shonda delas. Palavras que sugerem outras vez um estado de avaliação, resguardo, preservação no sentido material e imaterial do que nos diz respeito.

Logo a partir disso cabe hablar, mas também refletir o ego, a estrutura do ego como conhecemos, expandir um pouco essa dinâmica grega, respirar fundo...
Perceber e tomar nota do que está contido nesse caminho, como uma auto catalogação, um auto conhecimento curricular pra não esquecermos de quem somos, de onde viemos, e aonde é que estamos agora né?

para onde vamos é algo que se desenrola a partir do agora e o agora tá sendo avaliado. reconhecer e estar em sintonia consigo é essencial, pois essa carta também tem um pé na ilusão. É a conta que não bateu depois de 10 dias contando as sementes do kl de feijão.
Ela diz, cuidado com as falsas esperanças, olha essa expectativa em...

Concentrar no que realmente interessa é ficha nesse caso, esse processo de avaliação e reflexão proporciona o redirecionamento da energia vital para o que de fato pode nos trazer evoluções.

No plano superior da carta o símbolo do eclipse é anunciador das mudanças.
Eu te digo que o babado é forte pois na lua cheia de novembro ele vem.
O eclipse na carta pede que nos preparemos pro futuro, pra essas mudanças que virão.

A regência dela é Saturno ajustando lições de maturidade y maturação no campo do trabalho, dos projetos sobretudo.

É isso, da um negocinho quando essa carta sai sozinha, regendo todo um período, mas ela carrega o borogodo dela e não foi atoa que este arcano foi revelado entre as 78 cartas do deck.

Eu vou ficando por aqui, desejando a melhor das primaveras pra gente,

hasta el verão!


[A carta aberta na noite de lua cheia de outubro 2022]

 do nádegas ela volta


terça-feira, 27 de setembro de 2022

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

verão!

 tiragem sazonal está voltando, com carta de verão e presságios que exigem cautela pelo caminho.


antes de abrir a carta, compartilho duas lembranças da primavera que passou > 











vamos a ela, com áudio pra não perder o costume e referências para preencher esse contorno.

 

 

 
 
 

terça-feira, 31 de agosto de 2021

3+1+8+2+0+2+1= 17

1+7=8

hoje foi 8, 


1+9+2+2+1 = 15

1+4=6

amanhã é 6

entrou minguando, 

y algumas contas não vão bater as vezes.
outras vão esparramar certezas.
                 escrevo do mês em que dormi algumas horas a mais. 
linear pra caramba, que caso. saco...

lembrei de uma conversa que tive com mapô outro dia, sobre promessas.
nada romântico, promessa como é, como tal, como performance... 


2+3+5+1+9+9+4= 33

3+3=6

outro dia que foi seis.

mas isso não basta.
quanto falta pra eu ser uma plataforma? 
quanto falta pra eu gerar, expandir e não faltar?
quanto sobra do corpo nessa permuta eterna do bem viver civizlizado?

a gostos saturados,
glândulas salivares,
siter, o sistema não é cis mas é como se fosse, não vai.

-

aí tá quentinho?

que história é essa de esperar que essa mensagem nos encontre bem?
que mané história

-

outro dia eu esqueci de somar o peso dos números
menos linear, mas não tanto, pois a fase da lua denunciava esse campus
a pupila, os gestos de bruja
pois a fase da lua gestava na maré nossas incertezas
pois ela também sabida oculta ou explicita era guia das mesmas

não vejo água correr faz mó tempão.
só indo y vindo nas pedras plásticos e outra vez casos, sacos, cacos
da praia da boa viagem

deixo o convite ao sol (risos), quem dera o sol fluente nessa escrita estrangeira
quem dera o sol queimar a minha escrita.

dera nádegas
mas torno ao convite, 

que venham sois, os dois de nando prometidos por cassia,

ainda não aprendi a plantar água aqui na varanda. 
gosto de pensar que isso é possível.
plantar água, pra receber os dois sois hidratada.

 mas isso, lá pra dezembro, até lá mt água pra rolar  



sexta-feira, 6 de agosto de 2021

 

já é bem tarde

minhas costas doem

eu te encontrei aqui

e quis dar um oi

 

*aceno do meu portão pro seu*

 

domingo, 1 de agosto de 2021

 a gosto outra vez
sonhei com uma marimba enorme, a qual tocava suavemente ao longo de todo o sonho...
o significado de tanto toque de tanto tom, ainda busco na sonoridade que invadia o submundo do subconsciente de quem sonha tocar marimba... segurei o dia na mão, agosto vai ser longo quer inverno queira verão... 

                                          tomei um sustinho quando vi o arquivo abaixo, lembrei que o pensamento passa, se tu não cata escapa y quando percebe é um arquivo de lembrancinha, souvenir, bem french...
o borrão me lembrou que a lua tornou a minguar, esse mês que começa minguando me parece acabar crescendo... 


escrevendo aqui e lembrando da marimba. já viu o céu de hoje? a leitura que trás a face de rá no ventre de nut enquanto escrevo... o horóscopo em podcast... a carta do dia que deixamos pra ler de fato amanhã, quando o sentido será perdido e os perdidos sentidos testemunham o vento de calor timidamente, quando eu tomar a segunda dose de bu tan tan. outra vez a marimba.


ah, que os ventos da sexta 13 hecatina nos encante pelos melhores caminhos.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

sábado, 10 de julho de 2021

tirada sazonal,



Oi, que bom te ver outra vez em... Tá com uma xicrinha de café  por perto? nem vou me demorar muito mas acho que o friozinho pede um café quente.

enquanto vou pondo a mesa, pensa comigo uma coisa... você conhece alguma palavra poderosa, a qual eu pudesse iniciar essa contação? uma palavra de poder?...
preferi iniciar com a pergunta, pois com poder é preciso cuidado. é preciso estratégia. y diz muito sobre a carta que compartilho hoje... realizada no dia 21 de junho de 2021, é uma tiragem sazonal, ou seja seu efeito se encanta no correr do inverno. agora que já introduzi essa nossa mesa, vamos a degustacion...

auctoritate, palavra sinônimo de poder. é o nome da carta numa língua morta.

imagine...
neste momento a senhora que invoco na face de mãe terra, é uma mãe poderosa, rodeada de sementes crioulas, cristais de quartzo y oceano, que detém na força do movimento espiralar o gingado de tempo, quando ele se recolhe e se expande, invoco-a como manifestação de uma autoridade primeira. gênese, palco, dimensão a qual estamos trabalhadas... 
esta senhora, plena e abundante é rodeada de um oceano tão cobiçado em profundidade quanto em superfície, a qual conecta, vibra, reflete y abraça as luminárias que bailam com ela, outras senhoras de nome lua y sol. a sincronia desta dança confere novamente a memória do poder. no sentido do que se pode  no cerne de um cotidiano que dança nessa plataforma senhora, que expressa y projeta o chão-drive da corpa, esse poder é transmitido. é partilhado. é também mistério, a ser mantido y resguardado.

por essa imagem gerada configuro a carta desta última tiragem. - a autoridade, arcano 42 do tarô egípcio de kier. regida por água, vênus y 6, é hierarquia relacional, méritos e outros códigos do pensamento moderno, a subida de cargo, ganhar poder, tramar com a ó y desó bdyência conferida ao esforço do gesto.
ter passe, fluxo aberto, acesso para reconfigurar. 
a autoridade, carta que em  outras traduções pode ser 'a proeminência', que diz sobre o que está elevado, erguido, sobresaido topograficamente no corpo, os peitos, o nariz, os dedos, y outra vez o gesto, pelos acordos, trabalhos. é uma carta que diz sobre poder y glória como diria também profana. uma passagem de ventos de sorte, gerados no redemuinho numa encruzilhada. y essas palavras que se repetem,  yo trago como como invocação y conjuração, intuídas em outro entendimento do que seria esse fetiche, essa autoridade, intuídas no sinônimo de poder. 




estar atenta equivale a proporção do acesso... palavras de uma cigana maconhista.

a regência de vênus numa carta que invoca poder diz sobre bons movimentos no amor, nos relacionamentos em geral, como naquela imagem que trouxe lá no inicio...
o balé entre as senhoras terra, lua y sol gera a força necessária para ser continua, viva e multiplicadora de coreografias determinantes, mas sempre abertas a manutenção dos assentamentos de musgos que se formam em corpas que comungam com a terra e com água sem movimenta-las.  

movimente suas terras, suas águas seu ar e seu fogo.
movimente em partilha, aproveite o poder que se instaura neste inverno.

acompanham esta escrita pedaços da autoridade.

até breve.




sábado, 3 de julho de 2021

tiragem sazonal : inverno : 10 de fogo

o fogo insiste em queimar. 
recolher pra expandir, pra poder caminhar.
desafios.
muitos
superáveis todos.
somos a chama, somos o fogo.


acesse pra ouvir: https://soundcloud.com/entidadj/tiragem-sazonal-inverno-10-de-fogo

quinta-feira, 27 de maio de 2021

 engraçado que ontem mesmo pensei nesse encontro. só hoje pude concretizar essa escrita e possivelmente fica pra amanhã uma devida releitura do fatos. essa coisa do tempo é uma resenha que requer reorientações constantes. se espirala te perco na década passada, saudosa por uma revolta futura. o futuro que não ocorre em muitas outras línguas.

eclipse veio y abri...
o que me disse a carta do triunfo foi da trilha entre gizé e o rio niger, a andança da br101 até aquela que desemboca na Brasil. algo de exodo y exito no caminhar guiado por lua em sagitário. sossego numa maloca a beira guanabara, feito tupinambá pós batalha vencida. o triunfo é uma palavra fetiche, feitiço. endereçada no mesmo código postal de sempre, o cosmos. lembra que estamos girando no mesmo ponto há anos? pois é...  quando o inverno chegar, observe a constelação endereço, colha as cartas enviadas na ultima roda do ano. aproveite o final do outono e encaminhe as constelações de agora para as respostas no ano que vem. 

engraçado que o tempo persegue né?
o tempo que você tá aqui por exemplo... nesse papo de tarologa maconhista....

enfim...
o triunfo é um trunfo 
carta movimento, em direção ao que se deseja.
é uma carta para o terceiro sol, mas que não chega sem antes atravessar o primeiro e o segundo...
é aries, touro y gemeos numa barriga só.
é uma reorientação dos elementos no caldeirão, em que mexer sempre em sentido horário tipo xirê, adensa o caldo em suculencia.


um bj pra vc, fica bem e até breve.


quinta-feira, 22 de abril de 2021

quarta-feira, 24 de março de 2021

tiragem sazonal : outubro : elemento fogo

 o fogo ardeu

e arde

agora que nunca mais

fiquemos atentos

aos fins

com começos

incontidos

e diferentes

nunca iguais

 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

e o mundo?

 
acabando pra uns, começando pra outres
 
 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

no dia 21, enquanto reuniam-se saturno y jupter, próximos do sol, terra y lua a carta do prodigio trouxe luz para um verão que agora segue em seus primeiros dias... hoje embaralhei na intenção de partilha, quase 2021 y a mensageira é O regresso, arcano 22 do tarô egipcio de kier. regida por vênus que segundo a astrologia rege o que está por vir, no ano 5. vênus aqui esta em peixes, é a sensibilidade aguçadissima, num equilíbio entre o que se deseja y o que se realiza em busca desse desejo. o regresso é a carta do louco em outros baralhos que tenham como base os arcanos; sua mensagem sinaliza as fases e obstaculos do que se desenvolve mais a observação do que carregamos hoje. agora... o que ficou para trás y deve permanecer alí y o que aprendemos com toda essa an_dança.
é a experiência que conta como brecha y como esquiva do perigo. 
é sobre manifestar a vida em varias formas tendo consciencia dessa dádiva. é estabilidade y também re voltas de gente, acontecimentos, ciclos que repetidamente configuram outras bases para se reconfigurar em regresso. poderia ser uma carta de terra, mas é simbologicamente uma carta d'água. 
navegar um nilo a cada dia, uma baia de guanabara por dia... 
transformar-se no fluxo da água, aquilo que se reflete.

bom verão amiga y que sejam dias de sol!



na imagem: nut engole o sol para se fazer escuridão.

domingo, 27 de dezembro de 2020

tiragem sazonal : verão : mensagem da terra


 
resolvi pôr a voz, resolvi (en)cantar
a fim de aproximar,
afinal
também sou saudade
 
trago no balaio boas notícias 
boas referências
e pouca preguiça
vamos trabalhar? 
 
e muitas memórias
pra contá
 

 

sexta-feira, 26 de junho de 2020

são 5:15

escrevo do sudeste do brasil, américa latina, onde já morreram-se muitos mas onde se vivem muitos más.
venta agudo lá fora,
talvez seja um pequeno ciclone,
talvez um sacolejo do tempo,
talvez aviso de chuva,
talvez fim dos tempos 
- pra lá que estamos indo?
a voz de Profana ecoa 
 eu canto em silêncio 
e as costas doem. 
o vento me acordou
mas quem foi que acordou o vento?
a água
foi ela que acordou o vento?
nuvem de poeira
nuvem de gafanhoto
ciclica é a natureza
assisto de janelas fechadas
não me levanto
mas escuto os sons
sinto tudo balançar
o sangue está prestes
o sangue está prestes
eu estou a favor
.


domingo, 29 de março de 2020

Diário de quarentena,
Êxijo mudança, Exu demanda.

Aqui de dentro vejo 2020 passar pela tela desse smartphone higienizado no álcool gel, meu corpo isolado alterna entre a luz da janela e do quarto quando anoitece.

desejo um gole de café fresco
um Beck recheado e aceso
uma notícia que me tire de casa


enquanto isso, tenho centenas de livros para folhear, barriga pra alimentar e plantinhas pra molhar.

enquanto isso redescubro os cantos de mundo dessa casa. redescubro nas ocupações das colônias de aranhas e formigas que dividem o teto comigo.

Algo sobre abrigo... 

sábado, 21 de dezembro de 2019



janelas sem portas pro vento entrar sem cerimônia. nesta casa quando sou fictícia ou alegórica me ponho na observação desses dias. namoradeira das cores do céu, vejo tudo, o olhar sente.
da água não sinto distância, a baía de guanabara é muito útil nos dias mais quentes e olha só...
o verão chegou mulher...

hoje o sol fica muito pertinho da gente. do trópico de capricórnio que chega com o mesmo no céu astral.
esses dias identifiquei órion e as três marias. é o atalho pra conhecer a constelação do homem velho, aquela que anuncia o verão na segunda quinzena de dezembro.

dezembro tá é diluindo.
conforme sinto dessa janela, namoro o tempo de virada, atravessamento... desejo as próximas cores desses dias.

te confesso que adoro namorar o tempo e olha que nem estou tão senhora ainda...

essa foto é de março.
era final do último verão...
equinócio nosso de cada dia nos dai hoje... também amo o outono... foi quando vim. quando vinhemos né... era outono.

mas também amo o verão e agora penso em refrescar.
planejo desaguar feito dezembro... ainda fictícia, sereia alga do atlântico que há muito não come carne...
 retomar o pastos, retornar o mar.
o gosto salgado me deixa empática ao canibal ritual.
não mastigaria. talvez eu cheirasse, lambesse e depois queimasse...
ainda prefiro outros costumes dos ancestrais...
observar o céu entre eles... melhor ainda quando as janelas não tem portas.


terça-feira, 3 de dezembro de 2019

domingo, 29 de setembro de 2019

de dîó  para îná 
lua nova, a primeira desta primavera.
A carta tirada foi a 56, regida pela lua carrega passividade e sentimentos familiares, trás também o mito de amon-rá. Mais do que peregrinar, diz sobre mudanças pelas quais o sol passa no movimento das barcas que vem e vão na boca baía de Guanabara...
A figura do peregrino caminha avante abandonando os limites. Limite pra quê não é mesmo amiga?
ela é de 2. A mãe divina, o bem e o mal

Aproveite sua primavera a cada esquina! Um xêro.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

troca-de-cartas de primavera

de iná pra dyó:

a consumação -
hoje mesmo lia sobre o mito de andrógino, o ser originário, o ser uno que teria habitado a Terra em nossa criação de espécie. integração e a união das energias da natureza. 48 = 3, a consequencia. Júpiter que está em casa, que voltou ao seu curso normal. o irremediável não é a ferida, é a dor. a ferida cicatriza, mas a dor só resta senti-la para retirar dela o sumo da vida. o primeiro respiro, dói, o ultimo também. não habitamos lugar nenhum, nem a dor nem a felicidade. realiza-se o que se deseja, depois da dor. 


terça-feira, 16 de julho de 2019


compartilho rotas.

para quem esta na cidade do rio de janeiro...
pegue na central, o onibus da fagundes - santa isabel, as vezes com z
solte na praça de st. isabel e guia pela estrada de itaitindiba, ao final, começa a estrada da trilha.
antes da primeira sinalização da trilha ela bifurca. siga na direção do sitio da pedra. continue reto na estrada... aprecie a vista, a pecuaria local... hm...
observe uma pedreira, ultrapasse e continue. logo verá a primeira sinalização indicando o que esta conhecido como alto do gaia. ponto mais alto em são gonçalo.

pra quem está em sg,pegue o st. isabel e siga as instruções acima ou o 49-itaitindiba, neste caso, ele só existe a partir de alcantara. solte no ponto final. inicio da estrada de trilha.
há quem diga que para subir leva-se 2 horas, contando da andança a partir da praça.
para descer também.

leve água, aprecie a terra ao seu redor, lá venta muito.
estas instruções partem de um corpo que foge.
elas podem funcionar como uma estratégia para corpos que parecem com os nossos,
estas instruções são reais, podem ser consultadas na internet.


sábado, 13 de julho de 2019

lembrei de você.

não por acaso o quartzo entre os travesseiros

sabe quando tudo, principalmente, o cheiro te encanta?

o quartzo é rosa

estou aguardando espaço na umbra

dia 16

nos vemos

Att,
Atenta.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

g4r074 há tanto não venho aqui... sigo na onda das aberturas de tarô para deusas e o mundo.
parece que luas se passaram em horas, as brasas acesas ficaram fortes, chegando num tom incrivel de laranja que só o fogo produz. eu fiquei foi bem passada com todas as letras jogadas na esquina, todos os números também... não esqueçamos dos números.

a abertura de sabrina no tarô de mais cedo dizia sobre ser reciproco com o passado, co-acordando com todos os segundos atrás quando você lia/leu e sente o tempo indo.


falemos de presentes;
estoy contenta con nuestras produciones.
estoy contenta por quedar juntas otra vez
o cul ta sendo voraz

de futuro,
to carregando os códigos;
vamos marcar <3



quinta-feira, 4 de abril de 2019



em que fase que eu tô? 
eu tô na fase da loucura!
preciso de você pra passar

 

terça-feira, 26 de março de 2019

domingo, 24 de março de 2019

viu a lua?

para os que amam, pra mirá-la é sempre uma boa hora
se não há lua, feche os olhos e visualize-@
afinal, ela está lá

são tempos de reviravolta
a gente anda com o coração na mão
só o amor, só a paixão!

sexta-feira, 22 de março de 2019

odeio a imagem que fiz mais cedo aparentando sanidade, lucidez, paz e amor. 

agora que o ano de fato virou, Carnaval acabou, preciso dizer sobre resiliência. estou fodida. 

Apaixonada, fodida...

O que ainda salva é esse amor que brotou. 
Parece que veio em boa hora... 

depósito emocional
Antes este blog do que nós.



quarta-feira, 6 de março de 2019

sabe o que me mata nessa loucura toda?

saber que a maior louca não sou eu
tem gente pior
haha

domingo, 3 de março de 2019

esses dias entrei na mata em busca de galho
para confeccionar  estilingue

dois dias antes do Carnaval começar,
pensava em proteção.
nada além disso. 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019



mapa número tal, escrita com auxílio de gemas diversas / indicações em língua portuguesa



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019



arrumação
ganesha removeu os obstáculos enormes
que eu sonhei antes de ontem,
 e tem lua negra em aquário hoje
  nesse céu nublado indicando cautela e atenção
 no reflexo das poças d'água, vidros e selfes.

há um ano eu voltei pra cá. 
ciente de nada além dessa jaula 
que a arquitetura chamou de casa
apartem os apartamentos abertos a arrebatamentos
dos corpos morbidamente escritos num sofá furado
como quem precisa acordar e procurar trabalho
porque é segunda-feira. só por isso.

choveu aqui há alguns segundos
e eu me permiti ficar molhada.
 te escrevo semana que vem, 
antes que o calor volte
no hemisfério sul suor do cu
refresco.



quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

असं ओलाव्हर्स क़उ सुरजम अक़उ सãव ãट्रदूçव लॅटीना डॉस कóदिगोस ए ऍसिससोस क़उ पोडिमॉस तेर अंगोरा. 

- agora que lhe deixei um segredo, sigo pro centro da cidade,
lá इस्टवु प्रोफाउंडमेंट अबेर्ता e por isso mesmo me reservo no direito de guardar alguns assuntos.
se me pegares qualquer dia उमा बोआ बेबीड quem sabe eu não me अब्रॉ mais...


lua minguante_ penúltimo dia do primeiro mês 
(te confesso que nem tudo será traduzível)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

lembra de quando eu escrevia nas folhas?



labiesco - cartas de ano

foi um rito de passagem de ano. porque pensamos em como nos mantermos conectadas com o início até o final, se é que tem início e se é que tem final - o ano - mas a carta tem. aqui estão as fotos em ordem dos ítens e do processo, ele é simples. ele se resume basicamente em recolher, registrar, guardar e esquecer, até lembrar. uma carta pra si que a outra guarda, pra não correr o risco de abrir.

canetas coloridas

canetas pretas

pedras e folhas pra escrita

caixinhas de lembranças

um celular com músicas temáticas e cola

envelopes de carta







fotos do passo-a-passo, as pedras constroem uma fronteira no meio da mesa entre uma pessoa e outra. é bom que a ação seja feita em dupla. depois é só lacrar e enfiar nas caixinhas, a sua na dela e a dela na sua. depois esquece até lembrar.



terça-feira, 6 de novembro de 2018

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

essas t314s  que a gente tece são das melhores 4rm45 que temos. cada palavra de afeto, que espante o m3d0 nos tornamos mais v1v4s! 4 lVt4 é continuidade no devir dessa nossa c0rp0 0r4l1d4d3. s0m0s 4 f0rç4 qV3 pr3c1s4m05. 

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Fictício.

eu passeio na Praça do Leblon de manhã muito cedo, o dia em cajazeiras tem 28h, um boyzinho oferece o corre, eu compro fumo ocupo e gozo, agora chapada aguardo deitada o por do sol, a hora da caminhada, que você aparece pra ver o açude colorido por oyá e o céu rosado engolindo tudo... o sol ja foi. por onde andará vc?

 não ficção

Acordei cedo, olhei aquela cara no espelho de ontem, a mesma cara com alterações notáveis. A construção do amor não romantizado me cobra um dobrado do juízo pouco que tenho cultivado. Abro a Internet e entro. Ocupo e gozo. Sei exatamente onde voce anda e se ja não garanto diálogo, saudade é maya. O dia no Rio de Janeiro tem 19h e alguns segundos engarrafado.


domingo, 7 de outubro de 2018

Deu resto gesto lido sob a lógica uora do matio blanco ello no_ ha neste mundo escritas que transbordam minha afirmação de ser eu mesma quem me boto, coloco não vot. não vir, te dar um segundo pra mandar notícias pq eu sou de taipa. como se taipa fosse forte... eu não sou de Marte, disco-osso Prata, soy puta rogada,
atores nao representam nada.
Eu vi vc no mendigo da eskina democrática e ela dizia ele não é de nada. E ela pra mim parecia ser o cara. Ele nao é  de nada. A vor dela, mesmo sendo roca, mermo sendo calada. A voz dela ecoa, faz jus a enxada, que não porta atoa. É isso ou a faca!. 

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

domingo, 9 de setembro de 2018

domingo, 12 de agosto de 2018

desejei iniciar a semana hablando pelas vias do oráculo o que segue oculto a ser inventado num remix eterno lua nova a dentro.
errada tava eu que não preocupava tanto em rodar e rodei    como quem respeira fundo, até o fundo do pulmão e se liberta a cada performance em decomposição recomposição no não atingido vínculo entre o sagrado e o profano.

do que não era esperado mas foi
do que seria sim so que não
pra fazer valer toda regra cagada
na minha boca mando eu
na vala do sentimento embutido
do tanque de guerra que o candidato dirige
limpeza de tudo julgado sujo
no corpo que preparei mais cedo
levanto aos poucos, vou sem medo.

segunda feira abrindo sorriso
pra gente saudar laroye lebará
acumulos e desvios  de terra e de mar
onde for percorrido trilhado sentido
no caminho escolhido é narrado mojubá.

domingo, 24 de junho de 2018

Encontro - ato II

Os aviões passam rápido demais aqui em cima e sabe a única coisa que eu queria agora? Certeza. Porra! ainda bem que eu tenho a escrita! Ainda bem que a gente consegue se encontrar por aqui! Ainda bem que o café vai ser servido daqui a 10 minutos! Ainda bem que daqui a duas semanas viajo e sei lá se volto! Ainda bem que comecei falando sobre certeza e algumas linhas depois entendi que ela não existe. E existe. 
Foi mal começar o relato assim, mas é que eu precisava gritar com você o que esse maldito estrondo de  avião me faz viver toda vez que passa por cima da minha cabeça. Fiquei de mandar uma reclamação pro aeroporto e ainda não o fiz. A propósito, tô trabalhando a memória. E o sol entrou em câncer. Tô feliz, sabia? Tava chorando ainda agora e lembrando mais cedo porque resolvemos nos encontrar aqui. 
Só lembro da gente um dia caminhando pelas ruas do Centro, nem lembro o que a gente tava tentando fazer, sei que a gente caminhava enquanto conversava. Aquelas nossas conversas estranhas, com planos, novidades, comunicados. Eu acho estranha a maneira que a gente conversa, porque somos meio desconfiados, sei lá. Eu sou. E ah! Esse foi o dia que tu me deu o caderno vermelho. Agora você lembra! 
O caderno tá bem aqui, acabei de bolar um em cima dele. Já fumei um pouco. Tô aqui sozinha lembrando desse dia do encontro antes disso aqui. Comentei por alto da minha ideia e você achou legal. Cool. Aí eu lembrei de criar quando cheguei em casa e até pensei "há, ninguém vai lembrar de entrar nisso aqui!" mas criei. Desacreditando, mas criei. Fomos ocupando o espaço com as palavras e sempre comemoro, principalmente quando passeio e vejo que tem coisa. Tem coisa. E eu gosto disso, de ter o que mastigar. Ter coisa com você! E a gente sempre quis ter coisa, né?

Pausa.
Agora, se deixar, eu começo a me declarar. Minhas declarações são bonitinhas e costumam ser honestas, brindam o encontro sempre e sempre que eu as leio, me apaixono por elas. Mas tá, vou me declarar. Sempre que eu te leio também me apaixono por você. Eu me confundo com as tuas palavras e com a tua certeza. Que bom que a gente se encontrou nessa confusão, né? Que bom! 
Já ouviu falar em Entropia? Tá, eu juro que vou parar... Mas eu só queria brindar esse encontro com esse conceito mesmo, e brindar todos os outros que tivemos. É sempre um prazer. "Estou aqui por você"*. 

*Citando uma amiga lindona. Lua em gêmeos ela. Caosada!
Ps: desculpa as palavras repetidas. 

terça-feira, 12 de junho de 2018

todas as luas, da negra até de sangue, minhas janelas ficam abertas.

plante uma árvore, seja a terra;
é se conceber gravidade.

escuto. nada sou. instruo.
desabafeira apenas 
em todos os casos
desejados ou não 
num cotidiano 
amarelado.

minhas janelas seguem abertas.
quando passar, bata palma
se eu estiver
apareço

segunda-feira, 4 de junho de 2018

oi

tô partida de novo, desse jeito que só quem é pedra sabe como é.
passei pra dar notícia porque, porra, sei lá... eu tô enfiada aqui dentro desse quarto, pensando no que tenho que fazer e no que fizeram comigo.
irmã, a gente é planeta real! a gente orbita, funde, expande, se atrai, a gente faz tudo que os grandões fazem, a gente sente os abalos, as tempestades, as retrogradações. eu tô cada vez mais louca com isso e com o amor, né? ou melhor, com a gravidade.
não sei o que vai ser de mim nos próximos dias porque sempre que eu acho que tá tudo certo, eu dano a chorar. lua em câncer e um mar de lembranças que, não adianta, não tem o que faça parar de jorrar.
eu sou uma gênia da lâmpada pra algumas coisas, mas um camelo desabastecido pra outras. cruzes!
imagens boas, né? sei nem de onde tirei isso... deve ser o fracasso que me deixa criativa, porque na minha vida ele nunca tem espaço pra vir inteiro, então ele manda lembranças de algum lugar. como eu tô mandando pra você agora, filho de Mercúrio.
teu pai sabe ouvir ou só sabe falar? manda ele se ligar! comunicação não é só falação, não, ou a gente entendeu a lição errado?
acho que foi isso. lógico que foi.
tô parada pra analisar.

valeu pelos ventos, sempre frescos. valeu pelas fotos, sempre lokas. preciso agradecer, né? é tudo tão bonito que me custa acreditar que pode ser diferente, as vezes... mas ah! pra que eu vou acreditar no que eu não quero sentir?


segunda-feira, 9 de abril de 2018

não me chame josé

aqui da janela vislumbro
algoritmo rítmico que esqueço do acento aceno ao tempo que me leva na sua língua engolindo aos poucos
 fingindo demência peitando as demandas
trocando com as Hermanas e sentindo
evoporando no deserto sertão solo
era água do aquífero vendido
era água gurani
potiguar, kaiowa, m'bya
Eu.
pela lógica esquisita
exige pesquisa
preguiça não
correr atrás do pão
do vinho e do boldo
num todo, ser livre
mas ta raso e caro
ir além do precário
do pecado, do culpado
do estado de graça
 pois todos os lados
são gatilhos apontados
no nosso quintal.


segunda-feira, 2 de abril de 2018

gata,
eu sou mt dramática as vezes,
ascendente sabe
a cada cicatriz
penso que vou morrer.
morrendo.
mial

esquivo
da estatistica
arquivo
aqui
memórias de lã
o carneiro que pula na cabeça de quem conta pra dormir.
kkkkkkkkkkkkkkk
bjs


 tô aqui aguardando o trem.

domingo, 18 de março de 2018

você vem da mata, não vem?
eu te vi, eu sei.
não digo porque dizer é difícil,
pra mim sempre foi difícil dizer.

eu te vejo por debaixo das folhas, dentro dos troncos, no assobio dos pássaros e nas cores. eu te vejo de noite, quando existe algo em você que te faz sentir-se outros. a noite somos todos.
estou lhe escrevendo em esquema de confissão porque sinto que deveria registrar a preliminar desse toque, porque eu sei que te toca também. dividimos um espaço tão sagrado que nossas cabeças em momentos pesam e em outros, se confundem ou desconfiam.
mas desconfiam de que, meu velho?
desconfiam de tudo que é mais sagrado por que?
eu sei que o meu corpo não desconfia de nada, mas o 'eu' que conheci primeiro não é corpo, é o eu que não morre.
me corrijo.
o corpo também não morre, ele só deixa de ser. mas quem disse que em tudo não é assim? mas quem disse que tudo não é nada?
por isso entendo sua fome de mundo e descoberta, por isso entendo minhas lentas pisadas. por isso entendo nada.
e o toque se aproxima em uma pressão lenta, muito lenta, como o movimento de saturno em volta do sol, mas se aproxima, pra dentro, pra perto.
o toque é, em cada um, de uma natureza, de uma força, de um pesar, de uma beleza, mas é toque.
é depois do toque que a gente chega.


domingo, 25 de fevereiro de 2018


procurei uma foto não muito digerida do meu lugar de agora e achei essa. na verdade, eu não estava procurando por nada específico para te mostrar pois nunca estou, só venho para cá quando me lembro de uma vontade que nem precisa de muito espetáculo para aparecer. eu gosto disso. na verdade, todo dia descubro alguma coisa que gosto nesse anexo que envio ou em outros que ainda vou enviar, porque as coisas mudam, não é mesmo? esse urso amarelo já não está mais nesse lugar, nem os adornos todos da parede a esquerda, o CPU mudou de lugar, o gato está na cozinha, o dia virou noite, a cama agora encosta na parede e, sei lá, nem sei porque costuma ser tão divertido mudar as coisas de lugar, mas é. muita coisa me inquieta e incomoda nesse lugar, muita coisa mesmo, por isso resolvo ficar. é preciso ir fundo, não é? até cair, até cair, até nadar. nadando na paisagem tão somente nela do lugar onde está. fique ou entre, à vontade. o lugar aqui é pequeno mas juro que dá vontade de ficar. à vontade!

sábado, 27 de janeiro de 2018

saravá

sei quem lá mandou um recado pelo sonho de tonho
eu não soube interpretar. fiquei alucinada
com cesto cheio de roupa pra lavar
chuva caindo sem culpa e um quadro
do colega artista desbotava.

ta bom. passou o ano passado e
ainda encabulado liguei pra mãe dôra
mãe dôra sabe interpretar
contei do sonho de tonho
bizonho
mãe dôra começou a chorar.

   vá na cachoeira mais próxima, bote moeda de ouro e volte pelo mar. 
banhe teus pés na água, aguarde janeiro virá.



tu.tu.tu.tu.tu.tu.tu.tu

agora aguardo dia 31. janeiro vira
e vinga a lua cheia
lua de sangue 
azul, clareia
fevereiro menine que vem numa carreira.



sexta-feira, 24 de novembro de 2017

karina me fala de pele ferida e eu tenho sentido pequenos tremores no corpo.
sinal de doença ou iminência. por fim, a tristeza é amiga da onça - ensina enfrentar leões. ========
seja tão sensível quanto necessário até não haver mais problema em não superar traumas. siga a vida.
eu só resolvi dizer que = por = fim = igual = enfrentar, entende?
=
a gente não está longe, só seguindo a vida.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

para.
não volte a ler-me como se minha vida fosse resumo da tua revista de horóscopo.

a palavra que nos inventou foi a mesma...

quinta-feira, 17 de agosto de 2017


o tempo molhado
time line anuncia
o país era o buraco da BR
minha cidade era um quarto em Rio das Pedras
torcia e não alagava quando chovia desse jeito de agosto

luz apagada em tempos complexos
no tempo molhado
do teto

segunda-feira, 24 de julho de 2017

ritual para banir e atrair

material indicado:

folhas de louro verdes
folhas de louro secas
prato (fundo) ou vaso de barro
álcool de cereal
fogo
caneta
palavra

dê início centralizando o vaso de barro no lugar q estiver. Se fizer em lugar fechado, prefira espaço com janela.
o primeiro momento você vai banir através das palavras o que já não quer, precisa, etc e tal na sua vida. para isso, separe o louro seco, retire algumas folhas para escrever a as outras deposite no vaso de barro. Escreva quando achar que deve nas folhas e louro seca (apenas o que quiser banir); após isso, deposite álcool de cereal no vaso e com cuidado ascenda o fogo. Após ascender no vaso ou prato de barro, jogue suas folhas escritas e acredite que aquilo queima para banir. Aguarde que o fogo dé apague por completo.
Para atrair utilize as folhas verdes.
Faça o mesmo processo, mentalizando a atração.

as cinzas, deposite na terra/natureza
ritual frequente em vivências xamanicas da america do sul, como em outros continentes antes da era cristã.
antes da palavra escrita, não era utilizada a caneta; mentalizava-se a palavra e soprava na folha em seguida.
este ritual é adaptável a vivências sincréticas.
pode ser feito numa lua cheia  de cada estação, ou numa minguante um mês antes do seu aniversário.
pode ser feito quando sentir que precisa e ai pode queimar na lua minguante ou nova nos primeiros dias.
na wicca é feito em alguns sabás, especialmente no sanhaim (souein).

sexta-feira, 7 de julho de 2017

percebi que enquanto você anda em linhas e ganha espaço
eu ando em círculos e delimito
[é divertido]